Bela vitória da Seleção Brasileira
Brasil 4 x 1 EUA
Nem me lembro há quanto tempo à seleção não faz uma partida
neste nível.
Tabelas, dribles objetivos, gols, muitos gols e de todos os
tipos.
Hulk e Oscar nasceram para vestir a “amarelinha”, que talento!
O primeiro me lembra muito o Adriano nos bons tempos, só que
com cérebro, já o segundo, este é o nosso camisa 10. Todos devem estar se
perguntando, mas a 10 não seria do PH Ganso?
Sim, caso estivesse jogando como o Oscar!
A seleção ganhou mobilidade com a entrada de Oscar, e o
4-3-3 de Mano Menezes encaixou.
Oscar cai por ambos os lados, aparece e quer jogo o tempo todo,
e isto torna o time mais ágil e dificulta muito a marcação do time adversário.
O que dizer de um jogador que sai de campo e erra apenas um único
passe (42/43 passes certos) em quase 90 minutos de partida?
O time funciona bem com Hulk e Neymar como “wingers”, pois
tem velocidade e ajudam na marcação e além da habilidade, que sobra em ambos. Ou seja, o 4-3-3
da seleção quando o time está sem a bola, torna-se um 4-5-1, com Hulk e Neymar
acompanhando a subida dos laterais e Oscar fechando o meio junto com Sandro e Rômulo.
O time é compacto, leve e rápido, muito rápido.
Outro jogador chave para que o esquema funcione é o lateral
esquerdo Marcelo, e, diga-se de passagem, que lateral brilhante. Marca, luta,
dribla, cria e ainda faz gol.
Não consigo compreender o porquê de ter ficado de fora da
Copa do Mundo de 2010 em detrimento de Gilberto e Michel Bastos (aliás, nem se
ouve mais falar nestes).
Vale destacar outros jogadores como o excelente zagueiro Thiago
Silva, que na minha opinião, já deveria ser o capitão há muito tempo, além dos jovens valores que me surpreenderam
positivamente, como o zagueiro Juan e os volantes Rômulo e Sandro, seguros, também
pouco foram citados, mas estiverem bem durante os 90 minutos.
No comando do ataque, tenho dúvidas sobre a saúde de
Alexandre Pato, pois quando saudável é muito mais jogador que Leandro Damião. Briga
boa!
Apenas dois nomes não me agradam neste time, o goleiro
Rafael, que na minha opinião é fraco e tem falhas bisonhas, não compreendo sua
convocação. O outro é o lateral direito Danilo, que talvez por falta de experiência
ou coisa qualquer não fez boas partidas. Fato é que os dois gols sofridos nos
dois últimos amistosos foram nas suas costas.
Arrisco-me a dizer que este time, com Jéferson no lugar de
Rafael, com a entrada de Dani Alves na direita no lugar do Danilo, e a entrada
de Dedé ou David Luiz no Lugar de Juan (não que o ele seja mal jogador), a
Seleção brasileira está fechada e o resto briga para completar as vagas
restantes.
Ver a seleção canarinho jogando com esta mobilidade e
aplicação tática, traz de volta aquele sentimento há algum tempo perdido, de
que somos o país do futebol.
A alegria de vencer e jogar bem não pode nunca ser
esquecida.
O futebol mundial e o Brasil agradecem.
Dados:
Placar - Brasil 4 x 1 EUA
Local: FedEx Field, em Washington, no Estados Unidos
Brasil: Rafael Cabral, Danilo, Thiago Silva, Juan e Marcelo
(Alex Sandro); Sandro, Rômulo e Oscar (Giuliano); Neymar (Lucas), Hulk
(Casemiro) e Leandro Damião (Alexandre Pato) Técnico: Mano Menezes
Estados Unidos: Howard, Cherundolo (Parkhurst), Onyewu,
Bocanegra e Johnson (Castillo); Bradley, Jones (Berckerman), Edu (Boyd) e
Donovan; Gomez e Torres (Dempsey) Técnico: Jüergen Klinsmann
Gols: Neymar, aos 11 minutos, Thiago Silva, aos 26 minutos,
e Gomez, aos 44 minutos do primeiro tempo; Marcelo, aos seis minutos do segundo
tempo.